Desconcentração regional da indústria no Brasil: razões para comemorar?

Contenido principal del artículo

Aristides Monteiro Neto
Raphael De Oliveira Silva

Resumen

O artigo analisa a desconcentração da indústria e seus rebatimentos no território nacional entre 1996 e 2015, utiliza um conjunto de indicadores, tais como valor de transformação industrial, produtividade da indústria e índice de Theil de desigualdade para cinco grupos de indústrias, definidos segundo o fator competitivo predominante. Conclui-se pela continuidade do movimento de desconcentração regional de atividades industriais. Contudo, sublinha que há também razões para se preocupar: uma é que a desconcentração ocorre em ambiente de perda de relevância da atividade industrial e outra é que a desconcentração se verifica de modo mais significativo em ramos intensivos em recursos naturais e em trabalho, setores tradicionais com baixa capacidade de produção e difusão de progresso técnico.


Cómo citar
Monteiro Neto, A. ., & De Oliveira Silva, R. . (2019). Desconcentração regional da indústria no Brasil: razões para comemorar?. Semestre Económico, 22(50), 129–150. https://doi.org/10.22395/seec.v22n50a7

Detalles del artículo

Citas

Arend, Marcelo; Singh, Guilherme e Bicharra, Julimar (2016). Mudança Estrutural Redutora da Produtividade: o falling behind brasileiro. Em: 44º Encontro Nacional de Economia-ANPEC.
Borbély, Dora (2004). Competition among Cohesion and Accession Countries: Comparative Analysis of Specialization within the EU Market. European Institute for International Economic Relations. Em: University of Wuppertal. Discussion Paper n.º 122, p. 1-41.
Bourguignon, François (1979). Decomposable Income Inequality Measures. Em: Econometrica, vol. 47, n.º 4, p. 901-920.
Cano, Wilson (2012). A desindustrialização no Brasil. Em: Revista Economia e Sociedade, Campinas, vol. 21, Número Especial, p. 831-851.
Cano, Wilson (1998). Desequilíbrios regionais e concentração industrial no Brasil, 1930-1970 e 1970-1995. Campinas: Editora Unicamp, 382p.
Diniz, Clécio C. (1995). A dinâmica regional recente da economia brasileira e suas perspectivas. Texto para Discussão, n.º 375. Ipea: Brasília, p. 1-38.
Diniz, Clélio C.; Crocco, Marco Aurélio (1996). Reestruturação Econômica e Impacto Regional: o novo mapa da indústria brasileira. Em: Nova Economia, vol. 6, n.º 1, p. 77-103.
Galeano, Edileuza; Feijó, Carmen (2013). A estagnação da produtividade do trabalho na industria brasileira nos anos 1996-2007: análise nacional, regional e setorial. Em: Nova Economia, vol. 1, n.º 23, p. 9-50.
Haddad, Paulo; Ferreira, C. M. C.; Boiser, S. e Andrade, T. A. (1989). Economia regional: teorías e métodos de análise. Fortaleza: Banco do Nordeste, 649p.
Nassif, André (2008). Há Evidências de Desindustrialização no Brasil? Revista de Economia Política, vol. 28, n.º 1, p. 72-96.
Negri, Barjas (1996). Concentração e desconcentração industrial em São Paulo (1980-1990). Campinas: Editora Unicamp, 242p.
OECD 'Organization for Economic Cooperation and Development' (1987). Structural Adjustment and Economic Performance. Paris: OECD, 371p.
Pacheco, Carlos Américo (1998). Fragmentação da Nação. Campinas: Editora Unicamp, 290p.
Pimes 'Programa Integrado de Mestrado em Economia e Sociologia' (1984). Desigualdades Regionais no Desenvolvimento Brasileiro. Recife: UFPE/IPEA/Sudene.
Ram, Rati (1992). Interstate Income Inequality in the United States: measurement, modelling and some characteristics. Review of Income and Wealth, vol. 7. n.º 3, p. 485-549.
Biografía del autor/a

Aristides Monteiro Neto, Instituto de Pesquisa Economia Aplicada

Economista, Universidade Federal de Pernambuco, Recife, Brasil. Mestre em Teoria Econômica, Universidade Federal de Pernambuco. Doutor em Economia Aplicada, Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Campinas, Brasil. Pesquisador sênior do Instituto de Pesquisa Economia Aplicada (Ipea) ligado ao Ministério do Planejamento do governo federal, Brasília, Brasil. E-mail: aristides.monteiro@ipea.gov.br

Raphael De Oliveira Silva, Instituto de Pesquisa Economia Aplicada

Economista, Universidade Federal Fluminense, Rio de Janeiro, Brasil. Mestre em Economia Aplicada, Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), Sorocaba, Brasil. Pesquisador associado do Instituto de Pesquisa Economia Aplicada, Brasília, Brasil. E-mail: raphael.silva@ipea.gov.br