A ordem das coisas: mulheres educadoras e desigualdade de gênero no ensino superior

Conteúdo do artigo principal

Ana Magdalena Solís Calvo

Resumo

Neste artigo, são retomados alguns princípios expostos por organismos internacionais (Banco Mundial, Unesco, entre outros) que determinam o caminho das atuais políticas públicas no contexto educativo quanto à inclusão e à desigualdade na América Latina. O objetivo é verificar as implicações do discurso do liberalismo e do capitalismo como princípios fundantes da educação para todos, em que as mulheres são incluídas, mas não têm as mesmas condições do que os homens.


Apresenta-se o caso de dois grupos de estudantes mulheres da licenciatura em Educação Pré-escolar na Unidade 097 Sul da Universidad Pedagógica Nacional, na Cidade do México. Esses casos servem como referente para questionar os elementos envolvidos nas políticas educativas atuais e a maneira em que as mulheres ocupam um lugar de desigualdade estrutural a partir da conformação da organização das sociedades, da origem da democracia e das fusões patriarcais do capital e dos Estados liberais. Ao retomar um estudo de caso documentado por meio de uma pesquisa qualitativa, sob a perspectiva sociocultural, e ao ter como principal ferramenta de questionamento as entrevistas a profundidade, as narrativas autobiográficas das estudantes evidenciam a condição de gênero e as implicações socioculturais, familiares, econômicas nas quais essas mulheres, docentes e estudantes ao mesmo tempo, vivem. Os dados empíricos apresentados são depurados por referentes teóricos, entre eles os feministas, para revelar a desigualdade estrutural de gênero vedada sob as promessas de inclusão educativa nas atuais políticas públicas no âmbito educativo. 


Como Citar
Solís Calvo, A. M. (2020). A ordem das coisas: mulheres educadoras e desigualdade de gênero no ensino superior. Ciencias Sociales Y Educación, 9(17), 83–93. https://doi.org/10.22395/csye.v9n17a4

Detalhes do artigo

Referências

Arendt, H. (1958). La condición humana. Paidós.

Castaño, C. (2008). La segunda brecha digital. Ediciones Cátedra.

Cepal. (2015). Panorama social de América Latina. https://www.cepal.org/sites/default/files/presentation/files/220321_ps_2015_ppt.pdf

Duby, G. (1985). Obertura. Poder privado, poder público. En P. Aries y G. Duby (eds.), Historia de la vida privada (pp. 21-54). Aries.

Dussel, I. (2010). La reproducción de la exclusión en el aula: una revisión de la escuela moderna en América Latina. Flacso.

OCDE. (2016). Perspectiva de la OCDE en Ciencia, Tecnología en innovación en América Latina (Extractos). https://www.oecd-ilibrary.org/science-and-technology/perspectivas-de-la-ocde-en-ciencia-tecnologia-e-innovacion-2016-extractos_9789264303546-es

OIT. (2016). Las mujeres en el trabajo. Tendencias 2016. Organización Internacional del trabajo Unesco.

OEI. (2010). Metas educativas 2021. La educación que queremos para la generación de los bicentenarios. Organización de Estados Iberoamericanos.

OEI. (2013). Miradas sobre la educación en Iberoamérica. Desarrollo profesional docente y mejora de la educación. Organización de Estados Iberoamericanos para la Educación, la Ciencia y la Cultura.

Pateman, C. (1996). Críticas feministas a la dicotomía público/privado. En C. Castells (comp.). Perspectivas feministas en teoría política. (pp. 2-23). Paidós.

Pedró, F. (2009). Are the new millennium learners making their grades? Technology use and educational performance in PISA. OECD-Centre for Educational Research and Innovation (CERI).

Popkewitz, T. (1991). A Political Sociology of Educational Reform. Teacher´s College Press.

Rabotnikof, N. (1998). Público privado. Debate Feminista, 18 (pp. 3-13). http://www.debatefeminista.cieg.unam.mx/wp-content/uploads/2016/03/articulos/018_01.pdf

Solís, A., Sánchez, J. y Lira, J. (2016). Crear una comunidad de aprendizaje con mujeres educadoras en formación. Revista Didac, 68, 19-26. http://revistas.ibero.mx/didac/articulo_detalle.php?id_
volumen=22&id_articulo=276&id_seccion=128&active=127&pagina=18

Vaillant, D. (2004). Construcción de la profesión docente en América Latina. Tendencias, temas y debates.

Unesco. (1990). Declaración Mundial sobre Educación para Todos. https://unesdoc.unesco.org/ark:/48223/pf0000184556

Unesco. (2000). Foro Mundial sobre la Educación para Todos. https://unesdoc.unesco.org/ark:/48223/pf0000121147_spa
Biografia do Autor

Ana Magdalena Solís Calvo, Universidad de Ciencias y Artes de Chiapas, Tuxtla Gutiérrez, Chiapas, México

Licenciada en Educación; maestra en Ciencias de la investigación educativa; doctoranda en Ciencias Sociales y Humanísticas. Estudiante de Doctorado en el Centro de Estudios Superiores de México y Centroamérica CESMECA.