O componente pragmático: elemento indispensável para a leitura em contexto

Adriana María Palacio Medina | Biografia
Institución Educativa José Acevedo y Gómez, Medellín, Colombia
Bibiana Andrea Palacio Medina | Biografia
Institución Educativa La Milagrosa, Medellín, Colombia
Leysy Perea Mercado | Biografia
Institución Educativa Sol de Oriente, Medellín, Colombia
María Claribeth Moreno Romaña | Biografia
Institución Educativa Luis Carlos Galán Sarmiento, Medellín, Colombia

Resumo

Reconhecer a função social que os diferentes gêneros textuais cumprem é uma das prioridades ao finalizar o primeiro ciclo da educação primária na Colômbia. Para isso, dentro dos Lineamentos curriculares de linguagem, aborda-se como processo indispensável para desenvolver o componente pragmático referente ao uso da linguagem em contexto, aprendizagem necessária não somente para a vida escolar, mas também para a vida social da criança. O objetivo desta pesquisa foi analisar como a leitura é ensinada a partir do componente pragmático do 3º ano de quatro instituições educativas públicas de Medellín (Colômbia). Foi utilizada uma modalidade de pesquisa qualitativa sob a abordagem histórico-hermenêutica e o método estudo de caso múltiplo, do qual participaram oito docentes entrevistadas e observadas em sua prática de sala de aula. A pesquisa esteve apoiada em vários referenciais teóricos: o componente pragmático referente ao uso da linguagem de María Victoria Escandell (1996), a competência comunicativa sob a visão de Dell Hymes (1984), a leitura como atividade social comunicativa de Teresa Colomer (2001), a função social da leitura de Judith Kalman (2003) e o conhecimento disciplinar e didático de Andrés Perafán (2014).

Entre os resultados mais relevantes, verificamos que as concepções das docentes fazem com que, nas práticas de sala de aula, sejam priorizados mais os aspectos gramaticais da língua; além disso, dão preferência aos componentes semânticos e sintáticos e deixam de lado o pragmático. Constatamos que é predominante o uso da narração nas práticas de leitura ante outros tipos textuais, o que impede explorar outras formas de ver o contexto; ainda, as docentes requerem conhecimento disciplinar e orientações curriculares sobre o componente pragmático. Pode-se concluir que, devido ao papel do docente estar sujeito aos programas e às rotinas, o desenvolvimento das aulas de leitura se torna esquemático e dificulta a possibilidade de ampliar as perspectivas didáticas; além disso, a apropriação que o docente faz de todas essas orientações não gera interação com o saber científico, isto é, a pragmática. Ainda, nas aulas, devem ser abertos
espaços em que os estudantes pratiquem os tipos argumentativos como fazem em espaços não escolares, pois se ressalta que a sala de aula faz parte dos diferentes espaços sociais onde os alunos interagem dentro do seu cotidiano.

Referências

Cifuentes, R. (2011). Diseño de proyectos de investigación cualitativa. Buenos Aires: Noveduc.

Colomer, T. (2001). La enseñanza de la literatura como construcción de sentido. Lectura y Vida, Revista Latinoamericana de Lectura, 19.

Escandell, M. (1996). Introducción a la pragmática. Barcelona: Ariel.

Hymes, D. (1984). Hacia etnografías de la educación. En P. Garvin y Y. Lastra. (Eds.), Antología de estudios de etnolingüística y sociolingüística (pp. 48-87). Ciudad de México: Programa Editorial de la Coordinación de Humanidades. Universidad Autónoma de Mexico.

Kalman, J. (2003). El acceso a la cultura escrita: la participación social y la apropiación de conocimientos en eventos cotidianos de lectura y escritura. Revista Mexicana de Investigación Educativa, 8(17), 37-66.

Ministerio de Educación Nacional. (2006). Estándares básicos de competencias. Bogotá: Ministerio de Educación Nacional.

Ministerio de Educación Nacional. (2016). Guía lineamientos para las aplicaciones muestral y censal. Bogotá: Ministerio de Educación Nacional.

Ministerio de Educación Nacional (1998). Lineamientos curriculares. Bogotá: Ministerio de Educación Nacional.

Perafán, G. (2013). La transposición didáctica como estatuto epistemológico fundante de los saberes académicos del profesor. Folios, (37), 83-93. doi: https://doi.org/10.17227/01234870.37folios83.93

Perafán, G. (2014). Aspectos generales y primeros avances para el encuadre de la investigación sobre el conocimiento profesional específico del profesorado. Educación, 23(44) 48-64. Recuperado de http://revistas.pucp.edu.pe/index.php/educacion/article/view/8940

Reyes, G. (1994). La pragmática lingüística: el estudio del uso del lenguaje . Barcelona: Montesinos.

Rodríguez, C., Pozo, T. y Gutiérrez, J. (2006). La triangulación analítica como recurso para la validación de estudios de encuesta recurrentes e investigaciones de réplica en educación superior. Relieve, 12(2), 289-305. Recuperado de http://www.uv.es/RELIEVE/v12n2/RELIEVEv12n2_6.htm
Como Citar
Palacio Medina, A. M., Palacio Medina, B. A., Perea Mercado, L., & Moreno Romaña, M. C. (2018). O componente pragmático: elemento indispensável para a leitura em contexto. Ciencias Sociales Y Educación, 7(14), 127-147. https://doi.org/10.22395/csye.v7n14a7

Downloads

Não há dados estatísticos.

Send mail to Author


Send Cancel

Estamos indexados em